Lição da Borboleta

No campo verdejante, as flores baloiçavam ao vento, espalhando uma mistura de perfumes suaves.
Preso a um ramo, uma pequena abertura apareceu num casulo.
Caminhando sobre a folhagem, um homem sentou-se a descansar e por vários momentos, parou a observar o casulo.
No seu interior, uma borboleta esforçava-se para que o seu corpo passasse através daquele minúsculo buraco. Durante algum tempo pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Imóvel, parecia igualmente que tinha ído o mais longe que as suas forças permitiam.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta, pegou numa tesoura e cortou o que restava do casulo.
A borboleta saiu facilmente daquele aperto mas o seu corpo frágil estava ainda murcho, pequeno e com as asas amassadas. O homem continuou atento a observar a reacção da borboleta, esperando que a qualquer momento as asas dela se abrissem ao sol e se esticassem, sendo capazes de suportar o corpo no seu primeiro voo.

Nada aconteceu...

Na realidade a borboleta passou o tempo da sua vida rastejando com o corpo murcho e as asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar...

O que o homem na sua gentileza e vontade de ajudar não compreendeu, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo para que o fluído do corpo do insecto, fosse para as suas asas de forma que ela estivesse pronta a voar, uma vez liberta do casulo.

Algumas vezes o esforço é justamento o que precisamos na nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem qualquer obstáculo, Ele nos deixaria aleijados.

Não seríamos tão fortes a enfrentar a adversidade... e nunca conseguiríamos VOAR...



domingo, 9 de janeiro de 2011

Nunca mais chegas...



"Tenho saudades do Sol ameno, dos campos salpicados de cor, do aroma a fruta madura, da terra remexida, das andorinhas pousadas nos fios, dos verdes matizados, do mordiscar dos caracóis, do cântico dos melros ao amanhecer, da neblina a orvalhar, do Sol atrevido a espreitar a Lua, do céu muito azul, das papoilas baloiçando ao vento, das lagartixas escondidas nos velhos muros, do perfume das roseiras, do chilrear nos ninhos, do som de crianças na rua, do coaxar das rãs, do cheiro a relva cortada, do tilintar dos badalos, do colorido das tulipas, das caminhadas na Natureza... e do esvoaçar livre das minhas adoradas borboletas.
Tenho saudades de ti Primavera."

Lena Ferraz

2 comentários:

  1. com este inverno tão invernoso quem as não tem?
    bjitos amiga.

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  2. Olá Dulcinha minha doce amiga... Obrigada por vires sempre espreitar-me. Tenho saudades dos nossos Encontros e do teu sorriso simpático.
    Que chegue rápido a Primavera para voltarmos a saltitar de máquina na mão, eheheh!
    Ontem andei no Castelo de Sesimbra e acreditas que vi andorinhas sobrevoando e uma joaninha entre as margaridinhas? Fiquei encantada! Quer dizer que o tempo deve melhorar em breve, que bom!!!
    Vamos combinar um dia por estas bandas, OK? Ainda tenho a minha mamy comigo porque anda a fazer curativo a uma perna e não estou livre mas logo que esteja mais tranquila, telefono-te a desafiar-te. Combinado?
    Beijnhos doces querida Dulcinha
    Lena Ferraz

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